Nesta sexta-feira (12), a secretária especial da Mulher do Ipojuca, Lucélia Nunes, recebeu as familiares da pernambucana Jéssica Araújo Bezerra Mesquita, 27 anos, que morou desde a infância em Ipojuca e que foi vítima de feminicídio (morta a facadas) pelo marido no último dia 30 de janeiro, na cidade de Belém do Pará. No encontro, a irmã e tia da jovem ouviram que a Secretaria municipal está à disposição para dar toda a assistência jurídica e psicológica necessária. Além de Jéssica, também foi vítima fatal do homem a amiga dela, Tamires Abdon, natural do Maranhão.
“Vamos fazer esse acompanhamento e garantir mobilização necessária para que esse duplo feminicídio não fique impune. O assassino tem que ir para cadeia como determinou o Tribunal de Justiça do Pará, no auto de prisão em flagrante”, reforçou a secretária Lucélia. Segundo a gestora, além de uma nota de repúdio oficial feita pela Prefeitura, já está marcada, na próxima semana, uma reunião junto ao Ministério Público de Pernambuco e do Pará para tratar da questão. ”Nós precisamos estar fortes para poder lutar por justiça. Só aconteceu isso porque ela era uma pessoa muito boa, de coração puro e não falava nada dos abusos”, disse a tia de Jéssica, Juliana Bezerra.
A família de Jéssica briga para que o assassino, o militar aposentado da aeronáutica Joelson Alves de Souza, 54 anos, seja encaminhado para um presídio comum no estado. O homem foi levado para o hospital de emergência e se encontra sob custódia da Aeronáutica. “Onde ele está não é uma prisão. Informalmente, já nos revelaram que ele está andando livremente sem algemas e conversando com as pessoas no local”, afirmou revoltada a irmã da vítima, Joyce Bezerra.
De acordo com a família, no dia 31 de janeiro, foi decretada a prisão preventiva com expedição de mandado de prisão para qualquer unidade prisional. No entanto, no processo, não há nenhum termo de transferência para a Aeronáutica o que aponta a irregularidade da manutenção do réu na unidade militar. A permanência do assassino na Aeronáutica, no entanto, é irregular pois não se trata de um crime militar, mas crime comum (feminicídio duplo). Jéssica era mestre em Farmácia passou em concurso federal para técnico em farmácia, em Belém do Pará, onde morava desde 2018.
crédito das fotos: Marly Ribeiro / Secom Ipojuca
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