“É triste, mas é necessário. Vamos fazer o quê? Ignorar e só parar, realmente, quando alguém nosso morrer?”, questionou Viviane Machado, que veio do Pará para Pernambuco à trabalho e, neste domingo (22), encontrou a Praia de Porto de Galinhas fechada e um aviso sonoro explicando sobre a interdição. O primeiro dia de cumprimento do decreto 667/2020 da Prefeitura do Ipojuca basicamente não houve resistência por parte da população ipojucana e dos comerciantes das praias, estes últimos, inclusive, já tinham tido suas atividades paradas desde sábado. Diversos moradores elogiaram a atuação dos agentes e as decisões do governo municipal.
Diferente do sábado (21), quando ainda havia permissão para as práticas esportivas nas praias e foram vistas grandes aglomerações de pessoas, neste domingo, o litoral do Ipojuca estava vazio. De acordo com salva-vidas, guardas municipais, agentes de Controle Urbano e de trânsito, foram unânimes em dizer que a abordagem para pedir que saísse das praias foi feita, em sua imensa maioria, para turistas que tiveram acesso às praias pelas pousadas, hotéis e resorts. “Praticamente não encontramos moradores de Ipojuca nas praias hoje”, comentou a salva-vidas Fernanda Leite de Farias. Chamou atenção, no entanto, o quantitativo de reações muito diferentes da que a paraense Viviane Machado teve, entre turistas de outros estados.
Um turista de Belo Horizonte, que foi entrevistado pela equipe de Comunicação da Prefeitura, por exemplo, chegou a questionar se “por um acaso o Coronavírus o alcançaria no mar”, considerou as medidas tomadas pelos estados “um movimento irracional do Governo Federal para quebrar o país”, ignorando as mais de 12 mil mortes no mundo. O Secretário de Saúde e presidente do Comitê Contra o Coronavírus, Wendel França, reforçou que este tipo de reação só consegue ser eliminada quando o cidadão se informa. “A questão é de saúde pública. Vivemos uma pandemia e todos, sem exceção, precisam obedecer às medidas de prevenção que estão sendo tomadas no mundo todo. Só assim o contágio cessará”, disse.
COMÉRCIO
Neste domingo, também foram fiscalizados o comércio do Centro do Ipojuca, Nossa Senhora do Ó, Camela e das praias. De acordo com a Defesa Social, poucos estabelecimentos foram encontrados abertos e não houve resistência para que fossem fechados. Apenas supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina, estabelecimentos de venda de gás e água mineral, além de restaurantes que possuem os serviços de entrega e retiradas, permanecem abertos.
*crédito da foto: divulgação Prefeitura do Ipojuca
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