Gestantes cadastradas no programa Mãe Coruja Ipojuca participaram nesta quarta-feira (25) de atividades educativas no Engenho Massangana, zona rural do município. Elas conheceram a Casa Grande e a Capela de São Mateus, que ficam em uma área de dez hectares, às margens da PE-60.
Palestras e orientações sobre a história do engenho foram dadas para as mamães. A iniciativa foi promovida pela Prefeitura do Ipojuca, por meio do Programa Mãe Coruja. As gestantes foram acompanhadas pela gerente do programa, Leidjane Virães, e por um grupo de crianças.
Engenho Massangana
O nome do engenho está ligado ao Riacho Massangano, que corria na região e servia para o transporte do açúcar até o porto. A palavra, de origem africana, significa foz, lugar onde rios se juntam. Painel afixado na área do pátio interno explica aos visitantes que a forma feminina – Massangana – aparece pela primeira vez no livro Minha Formação.
Localizado entre os municípios do Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, o Engenho Massangana fica aberto da terça-feira ao sábado, das 9h às 16h30, com entrada gratuita e mediadores para acompanhar o público. Só as escolas precisam agendar previamente.
O Engenho está aberto ao público desde dezembro de 2010, depois de passar por obras de restauração. No casarão de 765 metros quadrados, construído no início do século 19, a Fundação Joaquim Nabuco, que administra o espaço, montou a exposição permanente Massangana e Nabuco – O tempo revisitado.
A mostra é uma aula de história com uma hora e 40 minutos de duração e extrapola as paredes da casa grande. Logo na chegada, ainda no quintal, o visitante se depara com uma moenda enorme de madeira. A almanjarra, confeccionada em 1875, veio do Sertão da Bahia e foi usada no filme Abril Despedaçado.
Na Casa Grande, a fundação recriou os ambientes típicos de uma família escravocrata do século 19. Cadeiras de palhinha, espelhos e relógios decoram a sala principal. O quarto do casal está mobiliado com cama, cômoda e móvel de apoio para o lavatório e o penico.
Os móveis vieram da reserva técnica da fundação, do Museu do Estado de Pernambuco e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. A única exceção é uma mesinha, cedida pelo Instituto Arqueológico e colocada na sala de jantar, que pertencia ao engenho nos anos em que Nabuco viveu lá.
De dimensões generosas, a sala de jantar é composta de uma mesa pronta para o almoço ou a ceia e uma cristaleira. Nela, e em todos os cômodos, o visitante encontra um banner com frases tiradas do livro Minha Formação, publicado em 1900 por Joaquim Nabuco, no qual ele relata vivências no engenho, onde morou com os padrinhos até os 8 anos de idade.
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