Um termo de compromisso foi assinado na manhã desta segunda-feira (27) no Summerville Beach Resort para construção de uma fábrica em Ipojuca, o que deve ampliar a oferta de vagas. As obras são de responsabilidade da empresa britânica Oxitec, a primeira fábrica de mosquitos Aedes aegypti transgênicos do Brasil – uma tecnologia que pode ajudar no combate da dengue no município. O termo foi assinado pela prefeita do Ipojuca, Célia Sales, o procurador geral do município, Marcos Lira, o secretário municipal de desenvolvimento econômico, Marcos Queiroz, e o presidente da Oxitec no Brasil, Jorge Espanha.
Também participaram do evento, o biólogo da Oxitec responsável pelo desenvolvimento de negócios no Brasil, Cláudio Fernandes, o vice-presidente da Oxitec, general Thomas Bostick, a vice-diretora de ensino da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Constância Alves – além de outras autoridades políticas do município. “É importante investir em tecnologias que são ambientalmente seguras. Queremos avaliar de perto o sucesso desse projeto”, destacou a representante da Fiocruz, Constância Alves.
A tecnologia da Oxitec foi desenvolvida em 2002, no Reino Unido. No laboratório, ovos de Aedes aegypti (mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya) recebem uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, e outro para identificá-los sob uma luz específica.
Os machos, quando liberados na natureza, procriam com fêmeas – responsáveis pela incubação e transmissão do vírus da dengue. Os mosquitos machos transgênicos não picam e não transmitem as doenças. Os filhotes herdam um gene que faz com que eles morram antes de se tornarem adultos.
Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza. No município de Piracicaba, em São Paulo, por exemplo, o chamado “Aedes do Bem”, utilizado desde julho de 2015, reduziu 91% dos casos de dengue no primeiro bairro que recebeu os insetos.
*\N
Faça um comentário