Em alusão ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado no próximo 30 de julho, a Prefeitura do Ipojuca, por meio da Secretaria Especial da Mulher, em parceria da Secretaria Políticas Sobre Drogas, realizou, através da Campanha Coração Azul, nesta quarta-feira (26), uma palestra sobre o assunto. Com o slogan “Ipojuca na rota contra o tráfico de mulheres”, a ação abordou temas como prevenção, acompanhamento da vítima e enfrentamento. Promovido no auditório do IFPE, o encontro contou com a participação de representantes da Patrulha Escolar Municipal, Patrulha Maria da Penha, Programa Eles por elas, além de alunos da instituição. A 9ª edição da campanha vai até sexta-feira (28) com outras atividades.
A iniciativa visa aumentar a conscientização sobre desenvolvimentos e tendências perturbadoras identificadas pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e pede aos governos, às autoridades policiais, aos serviços públicos e à sociedade civil que avaliem e aprimorem seus esforços para fortalecer, prevenir e identificar, além de dar apoio às vítimas, acabando com a impunidade. “Sempre trago nas minhas palestras os principais temas que devem ser abordados, entre eles a prevenção como um todo sobre as quatro modalidades: prevenção de pessoas análogas à escravidão, prevenção sobre exploração sexual, trafico de adoção ilegal e trafico de órgãos”, disse a coordenadora do Núcleo Municipal de Prevenção ao Tráfico de Mulheres, Suely Madeira, enfatizando que “é necessário falar sobre esse tema constantemente. Precisamos que as pessoas que participem das nossas palestras se tornem multiplicadoras e nos ajudem a fazer intervenções”, relatou.
Ao todo, no Brasil, são 17 núcleos que atuam diariamente levando informações à população. “Estamos sempre alertando sobre propostas de emprego fácil e lucrativa, pedimos que antes de aceitar qualquer oferta a pessoa pesquise sobre o contratante e que deixem o endereço, telefone e a localização para onde estão viajando”, Concluiu Suely. Para a secretária da Mulher do Ipojuca, Lucélia Nunes, a atenção tem que ser constante, pois ultrapassam barreiras internacionais, nacionais e interestaduais. “Nós temos o primeiro núcleo de prevenção ao tráfico de mulheres aqui em Ipojuca com uma equipe completa por trás atuando. É muito sutil a abordagem do tráfico, porque em sua maioria, são propostas quase irrecusáveis. Então, todo trabalho minucioso é muito importante. E nós estamos preparados”, disse. As principais vítimas do tráfico humano são mulheres, mulheres negras, jovens e homossexuais. Em caso de denúncia disque 100 ou 180.
Crédito das fotos: Marly Ribeiro/ Secom
Faça um comentário