As capturas ilegais do caranguejo-uçá, bem como a comercialização neste período de defeso (reprodução), estão chegando e a Prefeitura do Ipojuca, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, faz um alerta à população que vive da pesca e captura do crustáceo. A ação contra a caça ao crustáceo conta também com o apoio da Agência Estadual do Meio Ambiente, CPRH e do Ibama, juntamente com a Unidade de Defesa Ambiental (UDA). Os períodos de proibição da captura vão de 12 a 17 de janeiro, 10 a 15 de fevereiro e 11 a 16 de março, as datas correspondem às fases de lua nova, que influencia diretamente na andada.
As datas escolhidas não foram à toa. Este é o período no qual os caranguejos machos e fêmeas saem das suas galerias (tocas). “A captura do caranguejo é facilitada quando saem em massa das tocas em busca de parceiros, fenômeno conhecido como “andada”. Com as proibições da Portaria, é possível garantir maior proteção para sobrevivência desses crustáceos e a reposição dos indivíduos na natureza. Por isso, todo o esforço nesta manutenção dos estoques pesqueiros se torna necessário”, relatou a presidente da AMMA, Sabrina Rodrigues.
O calendário está alinhado com a Portaria Nº 325, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para o ano de 2024, em função de os períodos estimados cientificamente coincidirem com as estimativas nacionais. A presidente também destacou que uma educação ambiental garante o futuro do ecossistema. “São nestes períodos de proibições que é garantida a sobrevivência dos caranguejos e a reposição dos mesmos na natureza, permitindo, assim, o equilíbrio do ecossistema e a recomposição natural da fauna”, frisou.
Faça um comentário