“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Foi assim que, ao redor do mundo, esta terça-feira (25) se manifestou. A frase da filósofa norte-americana, defensora do feminismo negro, Angela Davis, esteve presente em várias rodas de diálogos, palestras, atividades e marchas em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Em Ipojuca, a Prefeitura, por meio das secretarias da Mulher, Saúde e Assistência Social, realizou diversas ações, marcando também o início da Campanha Coração Azul.
As atividades aconteceram no Mãe Coruja, em Camela, e contou com palestras, aferição de pressão, nutricionista, psicóloga, HGT, assistente social, roda de capoeira e maracatu. “É importante que a gente traga à sociedade, mais uma vez, o debate sobre a luta da mulher negra. Importante trazer pautas que representem a sua história e as conquistas que conseguiram para que a gente possa evoluir cada vez mais nessa construção. Esse fortalecimento tem que acontecer de forma contínua, lembrando que todos os espaços são nossos por direito”, disse a secretária da Mulher, Lucélia Nunes.
Para Daniela Rodrigues, coordenadora de Políticas de Saúde da População Negra, o encontro foi um espaço de fala, de troca e experiência. “Cada mulher negra que está aqui traz algo diferente. Seja uma violência doméstica, seja um caso de racismo direto ou velado e a dificuldade que encontramos até na hora de promover políticas públicas. Então, quando a gente se encontra, eu digo que esse espaço é de fala e expressão para dizer o que sente”, disse. Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o 25 de julho começou a ser comemorado em Santo Domingo, na República Dominicana, onde aconteceu o primeiro encontro de mulheres negras latino-americanas e caribenhas em 1992.
A Campanha Coração Azul busca sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a luta contra o tráfico humano. “Desta forma, o Núcleo Municipal de Prevenção ao Tráfico de Mulheres tem o papel de prevenir e conscientizar a população sobre a violação do direito a vida e a liberdade, que são essenciais para a garantia dos direitos humanos”, frisou a coordenadora do Núcleo, Suely Madeira.
crédito fotos: Jack Nickolson / Secom Ipojuca
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