Modelo de referência em Pernambuco, sendo o único aterro sanitário municipal do Estado que possui o sistema de tratamento do líquido residual do lixo (chorume) utilizando a tecnologia de Osmose Reversa, o Aterro Sanitário do Ipojuca recebeu, nesta quinta-feira (25), a visita técnica de participantes do Seminário Inovação na Gestão e Valorização de Resíduos, que reuniu, desde ontem, gestores do setor público e privado, acadêmicos, consultores e empresários ligado ao setor, além de representantes do CREA, CPRH, TCE e MPPE.
No local, a comitiva conheceu de perto o tipo de processo que recolhe o chorume por gravidade e, através de drenos horizontais, passa por etapas até chegar numa estação de tratamento. É durante essas fases que ocorre o diferencial do equipamento municipal com a descontaminação do líquido, através do sistema de membranas e uma alta pressão que promove a retirada dos resíduos. Segundo a vice-prefeita do Ipojuca, Patrícia Alves, “saber que o município é uma referência nessa área de destinação dos resíduos com tecnologias inovadoras no tratamento do líquido é muito gratificante, representando um importante destaque para preservação do meio ambiente”, disse.
“É um orgulho para a administração da prefeita Célia Sales ter um equipamento que serve de modelo para outros aterros públicos e privados, garantindo não só o acondicionamento do lixo do município em células, como também esse tratamento do chorume, até chegar a características de uma água desmineralizada”, disse a secretária de Infraestrutura, Giuliana Cavalcanti. Para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Cristiano José, “a ideia do seminário foi justamente essa de provocar o debate entre os diversos setores, como estudantes e gestores, para melhorar o sistema e contribuir nessa questão dos resíduos sólidos”, informou.
Dados
– Por dia, o aterro sanitário recebe, em média, 140 toneladas de lixo domiciliar, como também outros resíduos como poda de árvores e entulhos;
– O local possui sistema de pesagem de resíduos, onde é cadastrado a tipologia, o gerador, o transportador e destino final do resíduo;
– A água desmineralizada, resultado do chorume, é encaminhada para uma lagoa de captação. O líquido é utilizado para irrigação dos jardins, molhar o solo em terraplanagens e acessos do aterro;
– Na mesma lagoa está sendo realizado a criação de um viveiro de tilápias.
crédito das fotos: Marly Ribeiro / Secom Ipojuca
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