Por conta das restrições sanitárias e em decorrência do novo decreto estadual que reforçou as medidas para conter a transmissão da COVID-19, este ano, não haverá os tradicionais festejos da Festa de São José, padroeiro do Engenho Gaipió. A celebração, que integra o Calendário Cultural do Município do Ipojuca, é sempre muito aguardada todos os anos pelos agricultores da região. Em 2020 as comemorações também não puderam ser realizadas já por conta da possibilidade da chegada da doença no território ipojucano.
A construção do Engenho Gaipió data de 1783 a 1787. Segundo os relatos históricos pesquisados pela Secretaria Especial de Cultura do Ipojuca, acompanhando a construção da Casa Grande foi erguida junto à sede a Capela em louvor a São José, que passou a ser o padroeiro do engenho. Setenta e seis anos depois, em 1863, Félix da Câmara Pimentel, neto do fundador do engenho, transferiu a localização da Casa Grande para a colina ao lado. No local foi construído um casarão em estilo neoclássico e uma nova capela no mesmo lugar da construída por seu avô.
A festa religiosa local vem do fim do século XVIII sendo que os registros passaram a acontecer nos últimos 100 anos. Houve um período em que a festa de São José foi desativada após parte do engenho se transformar em assentamento do INCRA na década de 1990, ficando de fora da demarcação parte do Engenho, a Casa Grande e a Capela. Como proprietária da área remanescente do Engenho Gaipió, onde está a Capela de São José e Casa Grande, a Família Marroquim resolveu reativar a festa religiosa em 2003, revivendo a data e incorporando a tradicional procissão e missas a parte folclórica e popular.
crédito da foto: Edvaldo Medeiros / cortesia
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