A luta por justiça pela morte da pernambucana Jéssica Araújo Bezerra Mesquita, 27 anos, assassinada brutalmente juntamente com a amiga Tamires Abdon, em 30 de janeiro deste ano, pelo próprio marido de Jéssica, ganhou uma importante aliada nesta quinta-feira (18). Familiares da jovem, que desde a infância vivia no município do Ipojuca, e foi morta a facadas na cidade de Belém do Pará, foram recebidos pela promotora de justiça e coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher do Ministério Público de Pernambuco (NAM/MPPE), Bianca Stella.
No encontro, que também contou com a presença da secretária da Mulher do Ipojuca, Lucélia Nunes, da Secretaria da Mulher de Pernambuco e do Centro de Referência Dona Amarina de Ipojuca, foi reforçado o empenho do MPPE para que o feminicídio duplo cometido pelo também pernambucano, o militar aposentado da aeronáutica Joelson Alves de Souza, 54 anos, não fique impune. Por videoconferência, a irmã e a tia de Jéssica, respectivamente Joyce e Juliana Bezerra, ouviram da também promotora do MPPE, Eliane Gaia, o comprometimento da instituição na ajuda para que criminoso seja devidamente responsabilizado.
“Jéssica era minha única irmã e eu vim aqui implorar por justiça. Não foi um crime militar, mas sim um duplo feminicídio com requintes de crueldade, pois ele pegou o sangue da minha irmã e escreveu na parede. Depois, quando a polícia chegou ele estava tranquilo deitado na cama”, descreveu Joyce às promotoras. Para ela, existe um “acobertamento” do caso, pois, mesmo ocorrendo o flagrante, o homem até o momento se encontra sob custódia da Aeronáutica em um hospital militar andando e conversando livremente, e não em um presídio comum.
Segundo a promotora Eliane Gaia, o MPPE irá fazer todo o possível para ajudar no caso. “É importante levantar todas essas provas e juntar todas as informações para que possamos encaminhar ao promotor de Belém do Pará”, disse. Da promotora Bianca Stella, os familiares também ouviram que o MPPE em conjunto com o Núcleo de Apoio a Mulher (NAM) irá divulgar uma nota de apoio ao caso. “Foi um importante passo para que esse crime não fique impune, sendo levado à júri popular”, reforçou a secretária da Mulher do Ipojuca, Lucélia Nunes.
crédito das fotos: Marly Ribeiro / Secom Ipojuca
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