A comitiva responsável pela execução do Programa Lixo Fora D’Água se surpreendeu positivamente neste últimos dois dias de imersão no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, quando realizou um diagnóstico sobre as fontes poluidoras. O grupo composto por representantes da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Públicas e Resíduos Sólidos (ABRELPE) elogiou as boas práticas já desenvolvidas pelo município e se comprometeu em sugerir à Prefeitura do Ipojuca ações que ajudem a mitigar a poluição ambiental.
“Tivemos a chance de conhecer os mais diversos pontos da cidade em relação a gestão do resíduos e infraestrutura, no tocante a prevenção do lixo no mar. Vimos que realmente este é um tema que está como prioridade na agenda do município”, afirmou diretor-presidente da ABRELPE, Carlos Silva Filho. Desde o primeiro dia da visita técnica no aterro sanitário de Ipojuca, realizada na quinta-feira (05), o diretor-presidente havia declarado que “Ipojuca tem uma preocupação de vanguarda” e que poucas cidades do Brasil hoje têm a Central de Tratamento de Resíduos como a do Ipojuca, “que se preocupa com o ciclo completo da destinação de resíduos e proteção do Meio Ambiente, da saúde pública e dos recursos hídricos”. De fato, o grupo teve acesso a analisar o equipamento que transforma o chorume em água desmineralizada. O único aterro público de Pernambuco a possuir essa máquina.
A prefeita do Ipojuca, Célia Sales, reuniu uma equipe multidisciplinar para mostrar, nestes dois dias, as ações de preservação e manutenção do Meio Ambiente e de que forma o combate à poluição é realizado no município. Além da Secretaria e Agência de Meio Ambiente, acompanharam os pesquisadores Turismo, Saúde, Educação, Defesa Social e Comunicação. Fez parte da visita técnica primeiramente o aterro sanitário mas o roteiro foi extenso. Foi feita uma vistoria de catamarã do encontro do mar de Muro Alto e Camboa com o rio Ipojuca; a apresentação do Centro de Pesquisa Museu do Caranguejo Vivo e a troca de experiências com os engenheiros ambientais que monitoram as espécies do ecossistema manguezal da região.
Também foi realizada a visita ao Ecoassociados, que faz o monitoramento das tartarugas marinhas, e ao nascedouro de cavalo marinho com o apoio da Associação dos Jangadeiros do Pontal de Maracaípe; passando também pelo Associação dos catadores de Recicláveis em Porto de Galinhas. A área aonde se localiza a comunidade de Salinas que é a mais próxima ao o rio Merepe, assim como Praça do Relógio e as piscinas de naturais de Porto de Galinhas também fizeram parte do roteiro, esta última para verificar a coleta de lixo na faixa de areia.
“O que pretendemos trazer com o Projeto Lixo Fora D’Água em Ipojuca é fazer uso da expertise internacional da Agência Sueca que viabilizou todo este projeto e maximizar este esforço que vemos que a gestão municipal tem feito para conter a poluição, para que possamos tornar Ipojuca uma referência na gestão de resíduos e no combate ao lixo no mar”, disse o diretor Presidente da ABRELPE. De acordo com ele, e sua equipe a previsão é que no prazo de 30 dias o relatório seja finalizado, submetido ao Ministério do Meio Ambiente e depois aconteça nova reunião com a gestão municipal.
“Foi uma honra termos sido selecionados neste projeto e, também, tê-los aqui. Nos comprometemos desde já a seguir as orientações dadas pelo projeto e esperamos que este seja apenas o início de uma parceria que otimize o que já fazemos nesta área e que possamos implantar coisas novas que beneficiem o Meio Ambiente”, afirmou a prefeita Célia Sales.
crédito foto: divulgação Prefeitura do Ipojuca
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