O Dia do Pau Brasil, comemorado nesta sexta-feira (3) em todo o país, foi marcado por atividades no Ipojuca. Na Escola Municipal Santo Cristo, na região central, foi realizada uma palestra com o tema “conhecendo o Pau Brasil”, às 8h. A palestrante foi a presidente da Fundação Nacional do Pau Brasil (FunBrasil), Ana Cristina Roldão.
Às 9h30, ao lado da quadra poliesportiva Adnilson José de Santana, também no centro, foram plantadas 44 mudas em um bosque criado para prestar homenagem a essa espécie. Durante todo o mês de maio, os ipojucanos poderão acompanhar outros 30 plantios em vários pontos do município.
Sobre a árvore Pau Brasil
Cobiçada desde o primeiro momento em que os portugueses desembarcaram no País, em 1500, essa árvore de madeira nobre que é um símbolo nacional começou a ser explorada em larga escala a partir de 1503. Depois de ser considerada extinta na natureza, foi redescoberta em 1928, em Pernambuco.
Ao longo do tempo, também foram encontrados, e mantidos até o momento, exemplares que resistiram à devastação ou passaram por manejo no Rio de Janeiro e na Bahia. Nesta sexta (3) é celebrado o dia desse exemplo de resistência da natureza que acabou batizando a nação: o Pau Brasil.
A cor avermelhada de sua madeira chamou a atenção na época do descobrimento, pois era considerada perfeita para tingimento de tecidos e também para a confecção de arcos de violinos, além de esculturas, mesas e imagens de santos.
Podendo atingir 30 metros de altura e 1,5 metro de tronco, coberta por flores amarelas de outubro a novembro, a árvore possui um interior de forte coloração vermelha, num tom que se assemelha a brasas de fogo, daí o nome dado na língua portuguesa. Sua madeira é muito pesada, lisa e dura e, por isso, muito cobiçada para a construção naval e marcenaria de luxo. Ainda hoje, com planos de manejo, o Pau Brasil continua sendo usado na confecção de arcos de violino e exportado em pequenas quantidades, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.
Presente na lista oficial da flora brasileira ameaçada de extinção, desde 1992, o Pau Brasil também é conhecido por ibirapitanga, pau-vermelho, pau-de-pernambuco, arabutã, ibirapitã, muirapiranga, orabutã, pau-rosado e pau-de-tinta. O nome científico Caesalpinia é uma homenagem ao médico e botânico italiano Andrea Cesalpino, que viveu no século 16. Echinata significa “cheio de espinhos” em latim, e Lam é a abreviatura de Lamarck que, em 1789, descreveu a espécie pela primeira vez.
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