Agentes de endemias participaram, esta semana, de uma capacitação sobre arboviroses. Debates e palestras fizeram parte do cronograma de ações sobre os mitos e as verdades relacionadas às doenças por vírus transmitidas via insetos, como exemplo, a dengue, a zika , a chikungunya e a febre amarela. O evento foi realizado no auditório da Escola Municipal Santo Cristo, no centro de Ipojuca.
A capacitação – promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Ipojuca, por meio da Diretoria Geral de Vigilância em Saúde – foi ministrada pela gerente municipal de vigilância ambiental, Andrea Lopes. Durante o treinamento, também foram apresentados os dados da situação epidemiológica no município. De acordo com o último boletim do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Ipojuca confirmou em todo 2017, 4 casos de dengue. Em relação à chinkungunya, houve 3 confirmações, e uma pessoa teve a zika.
De acordo com a SMS, as capacitações serão feitas a cada dois meses. O objetivo é explorar ainda mais as políticas públicas de saúde, bem como ações de promoção de saúde e prevenção de doenças que tenham relação com o meio ambiente, visando melhorar a qualidade de vida da população do Ipojuca.
Conheça alguns mitos e verdades sobre o Aedes aegypti:
– Ar-condicionado e ventiladores matam o mosquito – Mentira
– Colocar pó de café na água das plantas mata as larvas – Mentira
– As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa – Mentira
– O mosquito Aedes Aegypti pica mais nas pernas – Verdade
– A picada vem somente da fêmea do Aedes aegypti – Verdade
– Pessoas de pele clara podem atrair mais o mosquito – Mentira
– Repelentes caseiros funcionam contra o Aedes aegypti – Mentira
– É possível ter dengue mais de uma vez – Verdade
– O mosquito pode carregar mais de um vírus – Verdade
– Animais domésticos podem pegar dengue – Mentira
– É possível distinguir a picada do Aedes de um pernilongo comum – Mentira
Entenda as doenças do Aedes que afetam o Brasil:
O mosquito Aedes aegypti começou a assustar os brasileiros com a transmissão da dengue. Depois, o país acompanhou o surgimento de uma nova doença desconhecida: a zika.
Esse novo vírus passou a ser o principal medo das grávidas e alvo de pesquisas por todo o mundo.
Mal ele chegou e surgiu a chikungunya, que superou os casos do vírus da zika em 2016 e ainda precisa ser estudado para a ciência entender suas consequências.
Os mosquitos Haemagogus e Sabethes transmitem a febre amarela, um novo surto que ocorre após 10 anos – o último aumento do número de casos ocorreu em 2007.
Por que o Brasil está sendo afetado por essas doenças?
Há um ambiente favorável para a reprodução dos mosquitos transmissores, tanto o Aedes aegypti, quanto os mosquitos selvagens da febre amarela, o Haemagogus ou Sabethes.
Os médicos concordam que são vários fatores que propiciam o ambiente favorável. Um deles é a “favelização” das cidades, que contribui para o cenário.
Além disso, o clima quente e úmido das cidades brasileiras durante o verão é o preferido entre os mosquitos transmissores. E é por isso que a quantidade de casos das doenças diminui durante o inverno.
Como se proteger?
Para evitar a proliferação dos mosquitos, é importante não deixar água parada. Para evitar as picadas, é possível colocar redes nas janelas, vestir roupas com mangas compridas nas áreas de risco e usar repelente. Isso vale para todas as doenças.
Quais doenças têm vacina?
O Brasil oferece a vacina para a febre amarela pelo Sistema Único de Saúde. A vacina de zika está sendo pesquisada por laboratórios de diferentes países, mas ainda está em fase de testes. A dengue já tem uma vacina aprovada, mas vendida apenas na rede privada – o estado do Paraná foi o único a disponibilizar gratuitamente para a população.
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