A campanha Setembro Amarelo, que orienta sobre a prevenção ao suicídio, promoveu em Ipojuca vários eventos ao longo do mês. Palestras e debates foram realizadas em várias escolas municipais para que as pessoas cuidem melhor das emoções antes que se desenvolvam em doenças.
O encerramento da campanha foi nesta terça-feira (26) na Escola Municipal Ministro Jarbas Passarinho, no distrito de Camela. No evento, a psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Ipojuca, Wayne Mazoli, e a gerente do CAPS, Cíntia Mota, ministraram palestra com o tema “Assistência à saúde mental: aspectos éticos e legais”, abordando a importância do autoconhecimento e do cuidado com a mente e emoções para o bem-estar.
A programação do Setembro Amarelo teve o apoio das Secretarias Municipais de Educação e Saúde.
Dados alarmantes
No Brasil, o índice de suicídios perde apenas para homicídios e acidentes de trânsito entre as mortes por fatores externos (o que exclui doenças). Em todo o mundo, entre os jovens, a morte por suicídio já é mais frequente que por HIV. Entre idosos, assim como entre pessoas de meia-idade, as incidências também avançam.
Um dos estudos mais completos sobre o tema, feito pelos pesquisadores Daiane Borges Machado e Darci Neves dos Santos, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), analisou dados do Sistema de Informações sobre a Mortalidade Brasileira (SIM), Datasus e IBGE entre os anos 2000 e 2012 no Brasil.
As pessoas que mais se suicidaram foram as menos escolarizadas, indígenas (132% mais casos que na população em geral) e homens maiores de 59 anos (29% a mais que as outras faixas etárias).
O Mapa da Violência de 2014 (levantamento mais recente) também aponta uma alta de 15,3% entre jovens e adolescentes no Brasil, de 2002 a 2012.
Foto: Wilderson Pimentel / Secom
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